terça-feira, fevereiro 03, 2009


Vicky, Cristina e Gonzalo. Um bruto menage. Woody Allen volta a interrogar a fidelidade ao amor. Para tanto, refugia-se no baú das (hipócritas) convenções sociais de Cristina. Vicky é a mulher do amor livre, fã de relacionamentos rotulados pela sigla «wash&go». Gonzalo, o machão latino, «predador» insaciável. Procura-se ideal: amor livre ou com barreiras? como é habitual, Woody Allen não dá respostas. Os caminhos são tortuosos. Não é o filme que consagra a ideia do conservador, isto é, aquele indivíduo que procura a paixão antes do amor. O maldito (?) que procura afecto apto a densificar o intimo. Se o conservador abre uma excepção, então entorna o caldo. Entra imediatamente em contradição. Esta é a estória de Cristina. Voltando ao filme: Gonzalo conhece Vicky e Cristina a quem propõe amor «descartável». Cristina recusa liminarmente. Vicky considera a proposta. De súbito, aparece Maria Elena. Filme intrigante. Sexualidade hetero monogâmica misturada com sexo bipoligâmico. O resultado até pode ser o menos importante. Essencial é o cultivo da igualdade da condição humana. Menage a deux? menage a trois? menage a quatre?