sexta-feira, julho 17, 2009

Pierrot le fou


A geração de 60 retratada por um dos maiores génios do cinema, em que personagens se entrelaçam como peças de dominó. Este cineasta destacou-se pela vanguarda e agilidade com que move os cenários, de maneira original e quase sempre provocadora. Um hino ao cinema. Jean-Luc Gordard desfaz equívocos quando parece que confunde, eu diria que dramatiza o entretenimento ao ponto de colocar o espectador perante uma dúvida súbita: «o que está a acontecer?». Na realidade, o mais consensual dos espectadores dirá que Godard pertence ao clube dos realizadores que criam filmes «sem rumo». Essa desconfiança do espectador deve-se á falta de tempo que tem para pensar. Esta sociedade não oferece alternativa ao blockbuster. O conceito pensado para as salas multiplex nos grandes centros comerciais urbanos molda o espectador para um entretenimento virado para a falta de exigência intelectual. Há balcões para as pipocas e refrigerantes que acompanham o filme, há a publicidade, há os candeeiros que transformam as salas de cinema em concertos de luz, como se o filme em si não importasse para a ocupação do “espectáculo”. É uma cultura onde o acessório conta mais que o essencial.

1 Comments:

Blogger Brown Rickenbacker said...

Godard é amor!

http://brownrickenbacker.blogspot.com

6:48 da manhã  

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