terça-feira, maio 08, 2007

Last Days



Kurt na polvorosa dos anos 90... só, compenetrado, e com aquele modo de vida pertença do génio. Eu diria, excepcionalmente sozinho.
A mansão de Kurt que Gus Van Sant descreve com mestria. E a salvação encontrada no bosque da mansão. A fuga dele aos fans, às editoras, a todos...
O lado do bom pai de familia é também revelado. Ele só atende o próprio filho porque aquele ser ausente é na realidade a única coisa que o prende à vida.
Um must de realização com uma perfeita gestão do silêncio dos personagens. Primoroso é também o ondular de camera (tão tipico de Van Sant!!!), travelings a fazer lembrar Elephant ou Psycho (este um excepcional remake de Hitchcock).
E claro, a causa maior da "morte". A ressaca. O alcool. A heroína.
A verdadeira morte tem aquele som horrendo do disparo e o debate Courtney Love não é aprofundado.
Goste ou não se goste do(s) Nirvana, o artista tornou-se mito. Kurt ou Cobain, como quisermos. Um génio sem precedentes...



*Aquele cenário da actuação no Unplugged in New York lembra um funeral e consubstancia uma espécie de prelúdio da morte. Foi a última actuação.
Só faltou este Unplugged.