segunda-feira, abril 23, 2007


É dificil relatar a essência que Kim Ki-Duk transmite. Simplesmente brilhante. Não vi os restantes dele: "Primavera, Verão, Outono, Inverno...Primavera" ou "O Bordel do lago" mas também não preciso!
Ferro 3 ou Bin Jip, como lhe queiramos chamar - é um filme do sonho. Sem diálogos. As personagens principais não falam. Movem-se. Não têm nomes próprios. Escondem-se atrás dos 180º graus até onde o olho humano consegue ver. Porquê? pelo amor.
O cinema visto ao milimetro. Na Europa já tivémos experiências idênticas com as realizações de Gus Van Sant, mas nada como isto.
O derradeiro grande filme de amor, caústico e imprevisível.
Tae-suk vagueia na sua mota em busca de casas vazias onde possa ficar, e não obstante o sentido 'penetra', o amor possibilita que Sun-hwa se sinta no seu lar. E nunca roubam. O conserto do material avariado no interior dos apartamentos é a compensação encontrada para a intromissão.
Como se não bastasse, esta obra prima termina (infelizmente): "It‘s hard to say that the world we live in is either a reatily or a dream". É transcendente. Porque o bem vence o mal. Sempre...